É incrível como não ser sede da copa das confederações, noticia confirmada nas ultimas 24 horas, tem gerado um debate sem precedentes na cidade. E é claro que não pautado pela razão, mas sim pela emoção – sobretudo, dos aventureiros tricolores – dos que de direito, nem mais estádio tem.
Ora senão vejamos. Como se pode simplesmente afirmar que Porto Alegre não será sede do evento citado por questões técnicas se das obras de acessibilidade é a que esta mais adiantada em relação a todo o resto? De certo, o fato de não haver o contrato entre o Sport Club Internacional e a construtora Andrade Gutierrez significa não haver garantias de a reforma vai ser mesmo realizada no período estipulado, contudo, é dever todo o cidadão consciente se perguntar se a instituição não vai ser lesada por vários anos por culpa de um contrato que não seja protetor das questões financeiras e patrimoniais em relação à construtora.
Os ratos de plantão obviamente acreditam que isso é vergonha para a cidade e mais outras coisas assim, porém não é surpresa que pensem de tal forma aqueles que se dentro das quatro linha vangloriam a violência assim como fora dele. Porque não se perguntam o motivo que levou a FIFA escolher o projeto “Itaquerão” como sede de abertura da Copa do Mundo de 2014, e não as já tão adiantadas construções a cerca da “Arena”? Para o Itaquerão hoje, só à ‘terraplanagem’ e para a Arena, a cerca de 40% de obra concluída. A regra que excluiu o estádio do Morumbi não foi à mesma que excluiu a Arena.
Certo é acreditar que o estado de São Paulo não poderia ficar fora da Copa do Mundo por toda sua tradição econômica e no futebol, e talvez se justifique esta exceção na regra, assim como por toda a tradição econômica e de futebol, Manaus seja sub sede da Copa do Mundo também. Francamente. Brasília também, virou sub sede da Copa por suas tradições de que mesmo? Então por favor, para aqueles que acham que não há questões politicas apenas técnicas, quero que usem suas técnicas apuradas e raciocinem, por favor.
Em tempo, a consideração de mudar de local os jogos da Copa do Mundo de 2014 em Porto Alegre, significa então, que o contrario do que afirmou as autoridades publicas de que não havia forma devido à todas as obras e investimentos feitos e projetados serem em torno do complexo Beira Rio para sua melhor acessibilidade não passa de “papo de botequim”, uma vez que financiamentos com a Caixa e organismos internacionais não é parecido com pegar dinheiro do cofre do filho.
Do ponto de vista de cidadão Porto Alegrense, realmente gostaria de poder ter assistir jogos de seleções internacionais em nossa cidade e certamente triste por isso não poder ocorrer em 2013. Como agente pensador, não fico nem um pouco triste com isso, já que não vejo na minha cidade, os recursos de infra necessários para atender à tal (Taxistas, atendentes de lojas, lanchonetes, restaurantes, hospitais, etc). Como sócio do Sport Club Internacional, sob nº de matricula 31163.00-9, estou c* e andando para a Copa do Mundo. Não quero que futuramente meu estádio seja penhorado, corte de água e ou ficar anos e anos pagando dividas em função de contratos mal gerados, vide exemplos que temos por ai, do outro lado do Morro.
Não é menos importante lembrar que o que separa o Internacional e a Andrade Gutierres da assinatura do contrato são basicamente quatro itens: 1º é quanto ao foro da discussão, onde será discutida uma possível divergência entre ambos; 2º é sobre quem fica detentor das novas áreas a serem erguidas pela AG, como suítes, sky boxes, cadeiras gold, estacionamentos e lojas e a 3º é a cerca da criação da SPE (Sociedade de Propósito Específico), cujo teria a finalidade de garantir para construtora sua parte da bilheteria (os ingressos para os setores novos a serem criados). O 4º e ultimo item é a busca da Andrade Gutierrez por investidores à sua participação nas obras do estádio Beira-Rio, já que após os mesmos refazerem os cálculos e constataram números pouco animadores na obtenção de seu lucro a curto prazo.
Então, por favor, antes de falarem que o Internacional trouxe vergonha à cidade de Porto Alegre, vamos utilizar o pensar. Abraços e até amanha!
