domingo, 21 de outubro de 2012

E o que os ventos trarão?


Antes de tudo, é dever de todos que gostam de futebol, parabenizar o torcedor tricolor quanto ao processo eleitoral deste Domingo. A mobilização de aproximadamente 14mil pessoas demonstra que sim, as pessoas querem fazer parte de verdade de seus clubes, mesmo que seja pelo voto. Geralmente, é ali que as pessoas sentem que fazem suas justiças: “Ele fez uma má administração, vou votar no outro cara”. Infelizmente não é assim na esfera publica. Mas isso é outro debate.

O motivo dos meus parabéns – não só pelo pleito – mas também é pela escolha dos gremistas de forma geral, onde a maioria optou pelo Sr. Fabio Koff. Toda pessoa que gosta de futebol, que acompanha, entende e consciente, sabe que a pessoa de Fabio Koff não poderia ser desprezada em momento algum da historia do futebol. Assistia interessadamente o debate na ultima Sexta, em me encantava que aos 80 anos, este Sr. lucido, claro nas ideias, “malandro” e conhecedor da historia de seu time. Mas o que mais me chamava à atenção, é que sua candidatura, não era simples produto da historia. Não era uma aposta do acaso. Foi algo construído a partir de um projeto novo de administração. O marketing se fez sim, em base de suas DUAS passagens vencedoras pela cadeira mais graduada da turma lá da Azenha.

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E o medo...

A dupla Koff e Luxemburgo sim me causa medo. Sou colorado, não quero evidentemente que haja um novo lapso de tempo da historia. Um dos melhores pensadores de futebol somado à um dos melhores técnicos de futebol de todos os tempos é de causar medo em qualquer um.

É evidente que não há certeza que vá dar certo, mas as possibilidades são muito grandes. A historia de ambos confirma essa hipótese.

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Para não dizer que não falei de Flores...

É um espanto que a vitória tenha sido por apenas 57% de votos quando esperávamos muito mais. Porém, de tal forma, é espantoso que Odone tenha recebido quase 38%. Pessoalmente se trata de uma pessoa desprezível. Politicamente nem se fala. Quem já viu esse cidadão tratando pessoas que ocupam as camadas menores na sociedade sabem o que é isso. Esse Sr. não acertou em nenhum momento. Acidentalmente contratou um gestor para o futebol e ai as coisas aconteceram. Não é que ele trata como se fosse um brinquedo de sua propriedade.

Boa Semana a todos.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Coca Cola É Morte!!!



Não compro mais Coca Cola. Pode ser que eu seja agredido por ai! Vai lá que alguém, que vai dizer o que é bom para mim resolva fazer uma “ciranda” em volta de mim? Ou melhor, compro uma Coca bem gelada, saio na rua e a BM para sua viatura e me enche de bordoada e ainda diga: “- Tome Fruki vagabundo”!!!

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Seguinte. Talvez estejamos extremados. É como fazemos alguma referencia, por exemplo, ao Collares ou ao Barbosa, o chamando de Negão e ser acusado de ser racista. É evidente que não queremos viver em um estado “policialesco” de forma alguma. Ou sob repressão constante da BM. Evidente que não quero também que todo o bandido seja morto e tal. É força de expressão, e em alguns casos evidente que é para incomodar mesmo que manifestamos isso. Porem me preocupa muito, pois como cidadão, vejo estupradores serem tratados como vitimas sociais diferente das vitimas de seu ato. Ladrões mirins com histórico largo também. Isso me lembra das tosquices que os profissionais fazem. Tenho uma filha de 4 anos e me preocupo diariamente com ela. Nem sei se posso ir tranquilo ir ao estádio a deixando em casa com minha esposa.
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Parece que estamos em um jardim de infância. A ideia é sempre apontar quem começou. Eu quero fim dessa palhaçada, punindo os culpados por excessos, e que o tal movimento da alegria seja propositivo, e não fique fazendo “cirandinha” no Centro.

Eu sempre quero que os movimentos sociais tenham espaço para expor seus anseios, suas reinvindicações, suas necessidades. E nem poderia ser diferente. Porém, não acho compatível com o exercício pleno da cidadania que criar este espaço passe necessariamente pela transgressão do social ou a subtração de outros, do resto da população.

Na questão do Araújo Viana, É obvio que houve excessos da segurança. Só um tolo não percebe isto, assim como não percebe que nos últimos anos o entorno do mesmo servia para o consumo de drogas.  (é por isso que falei antes, que tudo mudou, embora nem tudo para melhor). Mas nossa. Se havia orientação para não transpor o gradil, não entendo porque “tinha” que ser feito.

Definitivamente, na questão do Tatu, É EVIDENTE QUE A BM excedeu-se. Porém eu espero que digam a mesma coisa do Gov. Tarso Genro do que disseram daquele M**DA que Gov. São Paulo, pois ambos são comandantes de suas policias militares.

Não somos todos padres e freiras nesse puteiro chamado “sociedade”. A ocupação de espaços para agredir um ser inanimado ser o símbolo de uma luta é incrivelmente exposição de demência.

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Se de um lado acusam a Prefeitura de fazer “higienização”, também posso dizer (o que percebo) que fora um ato de vandalismo premeditado. Ou não? Concentração em um local estratégico e assim por diante. Não creio nisso. Eu refiz a pergunta e não obtive a resposta: Se a BM não tivesse agredido os manifestantes, o boneco ainda estaria lá?!? TODOS sabemos que não. Tanto um lado quanto outro. O que realmente importa é o excesso da BM utilizado para manter a ordem, que fora alterado de seu estado normal em função da manifestação. Isso é claro.

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Algumas perguntas!

1) A lei que regula os bares e casas noturnas em Porto Alegre é de quando? 

2) Quanto tempo tiveram os donos de bares e casas noturnas para se adequar?

3) O que dizer dos moradores que reclamavam do barulho, das concentrações, sexo e drogas na frente de seus prédios?

4) Quais espaços foram tirados que poderiam ser utilizados pelos artistas?

5) Haverá também manifestação na orla do Guaíba, espaço revitalizado pela Pepsi?

6) Quais seriam as melhores medidas a serem tomadas pelo poder publico para viabilizar alternativas ao que esta corrente na cidade?

domingo, 7 de outubro de 2012

A informação que queremos e a que acha que não sabemos.


Acompanhando os debates a cerca da eleição na cidade de Porto Alegre, confirmando o que já havia previsto, me deparo entre uma conversa e outra, um comentário afirmando que Porto Alegre havia “endireitado”, no sentido de que a cidade estava se tornando de direita.

Existe um ditado que diz que é na dor que se aprende. Guardada as devidas proporções, parece que não tem dor que faça aprender.

Começo a acreditar que as pessoas de uma forma geral, “politicamente instruídas” chegam a ser analfabetas sociais. Constroem uma visão baseado parcialmente em alguns fatos, acrescentam porções de certezas de uma parcela menor e tomam isso como uma vontade e clamor popular. É insano.

Porto Alegre não é de direita, de esquerda, de centro, de extrema ou alguma coisa assim. O que a massa dirigente não aprendeu ainda é que Porto Alegre é “um bicho vivo”. Tem suas vontades e seus comportamentos impares. Não é por menos que inclusive tem um vídeo que é “sobre as coisas que Porto Alegre fala”.

É natural que haja uma evolução das coisas – nem todas para melhor evidentemente. Vide o Mercado Publico, a Praça XV (palco do destempero de ambos os grupos na ultima semana). Percebi gente que nem sabia como era antes, mas fazendo referencias a subtração de um espaço que "era referencia de democracia". Esse mudou para melhor sem duvida. Já o mesmo não poderia falar a respeito do entorno do Araújo Viana, o qual nos últimos anos mudou para pior. E com isso não estou dizendo que o cercamento vai resolver todos os problemas, assim como a “ocupação” de outro a força.

Para alguns, de forma engraçada, Porto Alegre era a cidade de nível mais politizado do pais, até que o PT saiu da prefeitura. Para alguns, Porto Alegre esta pior do que antes – problemas que só ocorreram a partir de 2005. Para alguns, opinião antagônica é sinônimo de “direita”, de conluio com outro e ou empresas.

Já há algum tempo, observamos esta falta de senso na cidade. Os discursos se multiplicam. As ações, por maiores que sejam as vontades, tornam pequenos os resultados.

Talvez esteja na hora – e passando dela – de que os militantes dos mais variados movimentos se formarem politicamente (e não falo do sentido partidário somente). É impossível que alguém no mais alto grau do discernimento possa achar que o se quer é o que todos querem.

A esperança que não morre!



Iria comentar sobre o novo empate do Inter – o que já nem mais consideramos como anormal – com a finalidade de fugir do tema eleitoral. 
Mas é impossível. Por questão muito pessoal. 

Desde quando tirei meu titulo de eleitor, excetuando-se a primeira eleição para vereador, sempre votei 13, e nunca por afinidade pessoal e ou carinho, mas sim por convicção de aquele voto estaria em sintonia com uma ideia que tinha de melhoria da vida da população de uma forma geral. Às vezes, mesmo contrariado por algum encaminhamento dado, mas convicto de aquela ação seria a melhor, já que “as bases” teriam a construído. Essa ideia tem mudado já há algum tempo, infelizmente, mas não é o tema deste post. Isso já foi tratado antes.

É muito estranho. Pela primeira vez, após cerca de 10 anos, e no mínimo umas 20 eleições (1º e 2 º turnos) eu estou saindo para votar sem ao menos ter colocado um adesivo de candidato. Ter observado com a esperança de ser novamente seduzido pelo PT – o que não ocorreu – e poder sair alegre. Vejo algumas pessoas dizerem que temos que colocar alegria naquilo que fazemos, mas certamente não seria alegre, vivo se saísse com minha bandeira, adesivo e todos os adornos para ajudar esta campanha. A forma com que ela foi conduzida, produzida, com a forma que se propôs a trabalhar – embora um milagre salva, mas estou com receio da competência deles, pois caso ocorra algum êxito, novamente a soberba tomara conta.

É estranho não chegar ali, na frente da urna, pressionar um número (que não gostaríamos) e logicamente, aparecer alguém que não esperávamos. 

Enfim, vou sair para votar. E como diria uma tia, duas passagens: “é passageiro, vai passar” e “é preciso ter esperança”. Essa, nunca morre!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Posicionar-se é preciso. E o PT me faz isso!


Meu voto é para José Fortunati, 12. E se meu voto é em José Fortunati, para vereador voto em Alberto Kopittke - 13021 para poder recuperar a presença popular e propositiva “de verdade” na Câmara de Vereadores. O que faltou a bancada petista.

Ter posição, independente de qual for, é talvez, uma das melhores formas de podermos estar fazendo um movimento verdadeiro, mesmo que “de um homem só”. Eu tenho a minha.

Obrigado PT - Meu voto é para José Fortunati, 12

Tendo minha atenção voltada ao meu “natural” candidato, confirmo que não me vejo em Adão Villaverde. Com quem tenho conversado, chegamos ao consenso que não vemos um cidadão porto-alegrense em Villaverde. Uma vez que a única coisa que temos visto no horário eleitoral do PT é que ele é amigo do Lula e da Dilma, e sendo ausente propostas mais maduras para Porto Alegre, sendo cidadão responsável, estou sendo obrigado – pela direção do PT de Porto Alegre – a não votar em Adão Villaverde (o que faço com muita tristeza, já que quando retornei a esta cidade, fora o único que me recebeu em seu gabinete e estendeu-me a mão – embora nem ele se lembre de tal fato.)

A candidatura de Manuela D´Avila não serve para Porto Alegre.

A candidatura de Manuela D´Avila é uma das maiores incógnitas. Em um primeiro momento, se em período eleitoral anterior (2008) ela parecia preparada, e iniciou este com esta imagem. Ela mesma fez tudo que pode para colocar essa imagem abaixo.

O fato de se apresentar e insistir sempre como “o novo” garantiu a ela a perda de alguns votos, já que Porto Alegre quer certezas. Isso é desconhecer ferozmente a cidade que mora. Seus destemperos nos debates para coisas simples mostram que este novo é despreparado. Desespero tomou conta dela nas ultimas inserções na TV e Radio, talvez não acreditando que nem ao segundo turno vá – de novo.

Pode ser que ai, estejamos criando um novo Lula. Vai lá que na quarta vez ela consiga se eleger J

Por outro lado, se em um determinado momento, inúmeros entes na articulação são responsáveis pela sustentação politica, quando não há elementos de proximidade ideológicos e nem programáticos (e não há entre o PC do B e PSD, para ficar só nestes dois) podemos pensar que esta candidatura “exala” o mais puro pragmatismo. Se eleito, não será novidade “fatiar” a cidade, para acomoda-los e garantir essa tal “sustentação politica”, até mesmo porque não vejo nessa constituição que sustenta essa candidatura, a hegemonia do PC do B – ou até mesmo do PSB.

A direção municipal do PT brinca com Porto Alegre

Aproxima-se as eleições de 7 de Outubro, e incrivelmente (para alguns) meu partido não conseguiu  apresentar sua candidatura. Embora se espere um “déjà vu” de 1989, o PT não vai ir ao segundo turno, e a mensagem de certeza chega a ser triste, para quem escreveu 12/13 melhores anos da cidade de Porto Alegre.
A candidatura apresenta alguém que não tem a cara de Porto Alegre. O cidadão de Porto Alegre não se vê em Adão Villaverde e, portanto nem tão pouco representado pela sua candidatura. Diga-se que Villaverde em nada tem haver com esta bizarrice de sua candidatura. Articulações para o futuro o fizeram vitima de um processo o qual mostra certo desprezo pela cidade.
O erro não é algo que é novidade, porém a forma com que é induzido é que assusta. Eu espero que a atual direção do PT de Porto Alegre realmente não venha a conquistar a prefeitura de Porto Alegre, pois se a gestão for o retrato das ultimas três campanhas é fato que Porto Alegre seria levado a um abismo sem fim, tamanho o amadorismo.
Ora vejamos: Em 2004, mesmo quando já estava escancarado que não era o tipo de debate e campanha que se queria na cidade (já provado e mostrado na eleição anterior para o Governo do estado), o PT – leia-se sua coordenação de campanha - levou Raul Pont a ataques e mais ataques ao candidato que venceu aquele pleito. Não é menos importante lembrar que naquela eleição, NÃO foi apresentado nenhuma proposta de correção dos rumos da cidade, que eram latentes. De forma perplexa, acompanhamos a não justificativa dos desvios de condução que vinham ocorrendo e tão pouco indicação de correções.
Já em 2008, o PT apresentou o melhor de seus dirigentes para a eleição. Mas em uma campanha menos que morna, não empolgante, e com a soberba de seus pares, acabou por derrota quem com certeza poderia inverter a situação da cidade. Novamente uma leitura errada. O cidadão quer ver no candidato a si mesmo. Quer se ver e se sentir parte do processo, mesmo que seja apenas no dia da eleição. Mais uma vez, o PT invocou os 16 anos de administração anteriores – o que não ajudou Raul Pont. Debate vazio, carregado de ranço e arrogância – não pela candidata da oportunidade, que salvou o partido naquela ocasião. Não é menos importante lembrar que o povo da aldeia tem lembrança. A batida frenética de o outro candidato iria renunciar para concorrer ao Governo do Estado fez com o fosse resgatada à ocorrência de 2000.
Em 2012, a ideia era apoiar “alguém” que se desponta nas então famosas pesquisas.  Porém isso poderia causar abalos na base do Governo Estadual. Visando 2014, sugeriu-se inclusive não ter candidato próprio – algo impensável (e justificado). Para tanto, o Deputado Raul Pont lança sua candidatura. Mas a sua candidatura seria viável, Teria condições de vencer. Diante disto, articula-se para que Adão Villaverde tivesse o maior número de votos, fazendo com que assim Raul Pont retire sua pré-candidatura.

Particularmente, considero isso uma brincadeira com o cidadão porto-alegrense. Como petista me considero um trouxa. Sentimento que passa logo em seguida, já que me recordei que a verdadeira intenção do PT é corrigir um equivoco ocorrido nas previas onde José Fortunati foi “preterido” sob argumento publico de que o momento exigia “mais força”, embora saibamos que fora diferente.