Acompanhando os debates a cerca
da eleição na cidade de Porto Alegre, confirmando o que já havia previsto, me
deparo entre uma conversa e outra, um comentário afirmando que Porto Alegre havia
“endireitado”, no sentido de que a cidade estava se tornando de direita.
Existe um ditado que diz que é na
dor que se aprende. Guardada as devidas proporções, parece que não tem dor que
faça aprender.
Começo a acreditar que as pessoas
de uma forma geral, “politicamente instruídas” chegam a ser analfabetas
sociais. Constroem uma visão baseado parcialmente em alguns fatos, acrescentam
porções de certezas de uma parcela menor e tomam isso como uma vontade e clamor
popular. É insano.
Porto Alegre não é de direita, de
esquerda, de centro, de extrema ou alguma coisa assim. O que a massa dirigente
não aprendeu ainda é que Porto Alegre é “um bicho vivo”. Tem suas vontades e
seus comportamentos impares. Não é por menos que inclusive tem um vídeo que é “sobre
as coisas que Porto Alegre fala”.
É natural que haja uma evolução
das coisas – nem todas para melhor evidentemente. Vide o Mercado Publico, a
Praça XV (palco do destempero de ambos os grupos na ultima semana). Percebi
gente que nem sabia como era antes, mas fazendo referencias a subtração de um
espaço que "era referencia de democracia". Esse mudou para melhor sem
duvida. Já o mesmo não poderia falar a respeito do entorno do Araújo Viana, o
qual nos últimos anos mudou para pior. E com isso não estou dizendo que o
cercamento vai resolver todos os problemas, assim como a “ocupação” de outro a
força.
Para alguns, de forma engraçada,
Porto Alegre era a cidade de nível mais politizado do pais, até que o PT saiu
da prefeitura. Para alguns, Porto Alegre esta pior do que antes – problemas que
só ocorreram a partir de 2005. Para alguns, opinião antagônica é sinônimo de “direita”,
de conluio com outro e ou empresas.
Já há algum tempo, observamos
esta falta de senso na cidade. Os discursos se multiplicam. As ações, por
maiores que sejam as vontades, tornam pequenos os resultados.
Talvez esteja na hora – e passando
dela – de que os militantes dos mais variados movimentos se formarem politicamente
(e não falo do sentido partidário somente). É impossível que alguém no mais
alto grau do discernimento possa achar que o se quer é o que todos querem.
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