domingo, 7 de outubro de 2012

A informação que queremos e a que acha que não sabemos.


Acompanhando os debates a cerca da eleição na cidade de Porto Alegre, confirmando o que já havia previsto, me deparo entre uma conversa e outra, um comentário afirmando que Porto Alegre havia “endireitado”, no sentido de que a cidade estava se tornando de direita.

Existe um ditado que diz que é na dor que se aprende. Guardada as devidas proporções, parece que não tem dor que faça aprender.

Começo a acreditar que as pessoas de uma forma geral, “politicamente instruídas” chegam a ser analfabetas sociais. Constroem uma visão baseado parcialmente em alguns fatos, acrescentam porções de certezas de uma parcela menor e tomam isso como uma vontade e clamor popular. É insano.

Porto Alegre não é de direita, de esquerda, de centro, de extrema ou alguma coisa assim. O que a massa dirigente não aprendeu ainda é que Porto Alegre é “um bicho vivo”. Tem suas vontades e seus comportamentos impares. Não é por menos que inclusive tem um vídeo que é “sobre as coisas que Porto Alegre fala”.

É natural que haja uma evolução das coisas – nem todas para melhor evidentemente. Vide o Mercado Publico, a Praça XV (palco do destempero de ambos os grupos na ultima semana). Percebi gente que nem sabia como era antes, mas fazendo referencias a subtração de um espaço que "era referencia de democracia". Esse mudou para melhor sem duvida. Já o mesmo não poderia falar a respeito do entorno do Araújo Viana, o qual nos últimos anos mudou para pior. E com isso não estou dizendo que o cercamento vai resolver todos os problemas, assim como a “ocupação” de outro a força.

Para alguns, de forma engraçada, Porto Alegre era a cidade de nível mais politizado do pais, até que o PT saiu da prefeitura. Para alguns, Porto Alegre esta pior do que antes – problemas que só ocorreram a partir de 2005. Para alguns, opinião antagônica é sinônimo de “direita”, de conluio com outro e ou empresas.

Já há algum tempo, observamos esta falta de senso na cidade. Os discursos se multiplicam. As ações, por maiores que sejam as vontades, tornam pequenos os resultados.

Talvez esteja na hora – e passando dela – de que os militantes dos mais variados movimentos se formarem politicamente (e não falo do sentido partidário somente). É impossível que alguém no mais alto grau do discernimento possa achar que o se quer é o que todos querem.

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